Era uma tarde de outono em que as folhas dançavam suavemente ao vento, tingindo o chão de tons quentes. Ana e Levi, um casal apaixonado, encontraram um pequeno parque no coração da cidade. O sol, em sua despedida, lançava raios dourados que filtravam através das árvores, criando um cenário digno de um quadro.
Sentados em um banco de madeira, eles riam, compartilhando histórias e sonhos. Levi, com seu jeito despretensioso, contava sobre as pequenas aventuras que tinha na infância. Ana, com os olhos brilhando, escutava cada palavra como se fosse um segredo revelado. Ela adorava como ele gesticulava, suas mãos dançando no ar, tornando cada relato mais vívido.
Enquanto o tempo passava, um silêncio confortável tomou conta do espaço. Ana olhou para Levi e, num impulso, pegou sua mão. Era um gesto simples, mas carregava todo o amor que eles sentiam. Levi, surpreso e sorridente, entrelaçou seus dedos aos dela, como se a união das mãos fosse a chave para o universo que haviam construído juntos.
A conversa logo voltou, agora sobre planos futuros. “Imagina só, daqui a cinco anos, em uma casinha com um jardim cheio de flores”, disse Ana, os olhos sonhadores. Levi sorriu, admirando a forma como a imaginação dela voava. “E um cachorro que corre atrás de uma bola”, acrescentou, e os dois riram, picturando a cena em suas mentes.
O entardecer se despedia, e o céu começava a se tingir de roxo e laranja. O frio leve da noite começou a chegar, e Ana, sem pensar duas vezes, pediu a Levi que a envolvesse em seu casaco. Ele a puxou para perto, e ela se sentiu aquecida não apenas pelo tecido, mas pelo amor que emanava dele.
Os dois estavam tão imersos em sua bolha de felicidade que não perceberam as pessoas ao redor. O mundo exterior parecia distante; tudo que existia era aquele momento, aquele carinho, a conexão única que os unia. Quando a primeira estrela apareceu no céu, Ana fez um pedido silencioso. Levi, percebendo, sorriu e perguntou o que era. “É um segredo”, respondeu ela, piscando.
E assim, sob o mesmo céu estrelado, o casal apaixonado fez promessas não ditas, sonhando com o amanhã, enquanto as folhas continuavam a cair, como se o universo estivesse comemorando o amor deles. Cada risada, cada olhar, cada toque era um lembrete de que, no meio da correria da vida, o que realmente importa é ter alguém com quem compartilhar o caminho.
Com o coração leve e os sonhos em alta, eles sabiam que aquele era apenas o começo de uma bela história.
Enquanto a noite se aprofundava, o parque começava a esvaziar. As risadas de crianças brincando haviam dado lugar ao som suave das folhas sendo sopradas pelo vento. Levi olhou para Ana, ainda envolta em seu casaco, e disse: “Você acha que as estrelas também têm seus segredos?”
Ana sorriu, divertida com a pergunta. “Talvez elas guardem os desejos de todos que as olham. Cada uma delas poderia contar uma história.”
A imaginação de Ana estava sempre à frente, e Levi adorava essa qualidade dela. “Então, vamos criar a nossa constelação?”, sugeriu ele, apontando para um grupo de estrelas que começava a brilhar com mais intensidade. “Vamos dar nomes a elas. Aquela ali é a ‘Estrela do Amor’, e a outra, a ‘Estrela dos Sonhos’.”
Ana riu e, com um gesto teatral, apontou para uma estrela mais apagada. “E aquela? Pode ser a ‘Estrela da Amizade’! Porque é assim que tudo começou, não é?” Levi assentiu, lembrando-se das longas conversas e risadas que compartilhavam antes de o amor surgir entre eles.
A noite se tornou um jogo de imaginação e promessas. Eles começaram a inventar histórias para cada estrela, viajando por mundos distantes, repletos de castelos, dragões e aventuras. Cada narrativa era uma peça do quebra-cabeça que compunha sua vida juntos.
No entanto, o tempo, como sempre, passou. O frio aumentou, e os dois decidiram que era hora de voltar para casa. Ao se levantarem, Levi segurou a mão de Ana novamente, como se não quisesse soltá-la. Caminharam lentamente, aproveitando cada passo, cada risada e cada olhada cúmplice.
Enquanto cruzavam a cidade, as luzes da rua refletiam em seus rostos, e Ana não pôde deixar de pensar no quanto a vida era mágica ao lado de Levi. “Você sabia que o amor é como uma estrela?”, perguntou, quebrando o silêncio.
“Como assim?”, ele perguntou, curioso.
“Às vezes, é brilhante e radiante, mas também pode ser distante e invisível. E é preciso olhar para o céu com esperança para vê-lo”, respondeu Ana, olhando para as estrelas.
Levi parou por um momento, pensativo. “Então, sempre que olharmos para cima, teremos que nos lembrar de que o amor está ali, mesmo quando não o vemos?”, questionou, fazendo-a sorrir.
“Exatamente! E devemos cuidar para que nunca deixe de brilhar.”
Naquele instante, Levi decidiu que faria tudo para manter a estrela do amor deles sempre iluminada. Com um beijo suave, eles selaram aquela promessa sob o manto da noite, envolvidos pela magia que só um casal apaixonado conhece.
Ao chegarem em casa, cada um se sentiu mais leve. Sabiam que, independente dos desafios que a vida trouxesse, juntos poderiam enfrentar qualquer tempestade. A noite tinha sido apenas uma pequena parte de uma jornada muito maior — uma jornada repleta de amor, risadas e sonhos sob o mesmo céu.
Parabéns tia Lourdes. Ótima história!❤️
Eu amo metáforas, a figura de linguagem predominante nesse texto! parabéns!
O tema desta história é a capacidade de integração que o amor pode propiciar entre um casal apaixonado em que cada vivência se torna a experiência da primeira vez. Veja esta outra história de integração entre casais escrita por um outro autor: https://portal.poloprinter.com.br/identidade-e-almas-gemeas/