Hoje vamos trazer indicações de leitura para todos que gostam de passar as férias no sofá ou na cadeira de praia com um bom livro e uma bebida bem gelada. E claro, nessa época do ano mais quente nós aproveitamos para esquentar o coração também com histórias inspiradoras e romances de trazer lágrimas aos olhos. Já repararam que, independente dos livros ou autores que divulgamos, sempre acabamos voltando para o romance? E como poderia ser diferente? O amor é o mais belo dos sentimentos e ler um bom romance sempre nos traz esperança e boas reflexões sobre a vida. Podemos até ver o gênero como um tipo de autoajuda, onde lembramos que existem pessoas sublimes e sensações que valem a pena ser apreciadas mesmo em um mundo corrido como o nosso!
Preparados? Hoje separamos cinco livros que foram e são grandes sucessos do romance para vocês. Alguns são um pouco antigos e até já viraram filmes, mas vale a pena lê-los para comparar as histórias. Afinal, a leitura sempre nos dá uma percepção diferente do espaço, dos personagens, de como o enredo é construído e como imaginaríamos tudo aquilo se não víssemos os autores escolhidos para interpretá-los.
Sem mais delongas, aqui vai nossa lista!

1. Jane Eyre – Charlotte Brönte

Jane Eyre conheceu o sofrimento ainda pequena, na casa da tia que a criou e na austera Lowood Institution onde foi educada. Mas também pequena já mostrava sua natureza firme e independente. Fiel a si mesma, ciente do seu valor e da consideração que merecia, assim manteve-se por toda a vida – ao abandonar os tormentos de Lowood e se empregar como governanta em Thornfield Hall; ao descobrir o amor mas, com ele, um terrível segredo; ao decidir partir e, depois, recomeçar. Publicado em 1847, Jane Eyre é o romance mais conhecido de Charlotte Brontë. Com toques góticos e boas doses de crítica social e moral, esse clássico da literatura pôs-se à frente de seu tempo ao apresentar uma personagem feminina forte e explorar questões de classe, sexualidade, religião e gênero. Acompanhamos o desenvolvimento emocional da protagonista e sua busca por espaço, respeito e autonomia financeira, num mundo que não esperava tais ambições vindas de uma mulher. E, como disse Virginia Woolf, “no fim estamos totalmente encharcados pela genialidade, a veemência, a indignação de Charlotte Brontë”.
(Sinopse da Edição comentada por Adriana Lisboa)
Jane Eyre foi um dos livros mais emocionantes que li porque foge completamente dos clichês. A protagonista tem uma vida difícil, não é considerada uma mulher de posses e muito menos bela. Estuda em um internato porque a tia a odeia e, depois, acaba descobrindo uma herança que foi escondida devido a esse ódio. Mesmo assim, Jane tem suas convicções e uma moral indiscutível e isso faz com que ela encontre o amor verdadeiro, mesmo fora dos padrões da época. O que é mais inspirador é o fato de ela conseguir recomeçar do zero quando vê tudo desmoronando. Jane não tem medo, ela abandona tudo que não lhe serve e parte em busca da vida que realmente deseja. Se todos tivéssemos essa coragem a vida seria muito melhor, não?
Recomendo a todos que precisem de inspiração, com certeza vão encontra-la nessa mulher forte que é Jane Eyre!

2. Madame Bovary – Gustave Flaubert
Considerada uma obra-prima da literatura francesa, precursor do realismo europeu, “Madame Bovary” causou polêmica na época de seu lançamento, chegando a render um processo para o autor pelo seu conteúdo supostamente imoral. Emma é uma mulher sonhadora, solitária, presa a um casamento morno, em sua casa e vida provincianas. A famosa protagonista de Flaubert se refugia num ideal romântico construído por suas leituras, vive experiências que não a satisfazem e que acabam conduzindo-a a um fim trágico.
Emma acredita que o amor verdadeiro deve ser arrebatador, tirar-lhe o fôlego, dar a ela tudo o que as musas de grandes artistas recebem. Assim, ela busca esse ideal e sempre acredita estar perdidamente apaixonada. Pessoalmente, acredito que ela nunca tenha se apaixonado de verdade, mas que o tratamento recebido durante a conquista a fez se apaixonar. Não é um romance tradicional com um final feliz, mas pode ser visto como um alerta sobre o que realmente é importante no amor e nos relacionamentos.

3. Diário de uma paixão – Nicholas Sparks
A história começa no início de outubro de 1946 quando dois jovens, Noah Calhoun e Allison Nelson, se conhecem e se apaixonam perdidamente. Tudo parece perfeito, quando a família de Allie a impede de continuar a vê-lo devido à enorme diferença de classe social entre os jovens. Allie e Noah lutam para levar uma vida normal, mesmo estando distantes. Até que um artigo de jornal muda tudo e reacende um amor há 14 anos adormecido.
Esse é aquele tipo de livro que você não consegue ler sem um lencinho do lado! Apesar do tempo separados, o casal do livro realmente viveu o tipo de amor onde um sempre está lá para o outro. Eles acreditam cegamente no amor que sentem um pelo outro, quase religiosamente, e fazem de tudo para manter esse amor vivo em seus corações e buscar nele conforto para enfrentar o momento mais difícil de suas vidas, inclusive abrindo mão da convivência com a família para chegarem ao fim de suas jornadas juntos. Esse livro é lindo e o filme também! Provavelmente, é a indicação mais emocional dessa lista.

4. Para todos os garotos que já amei – Jenny Han
Lara Jean guarda suas cartas de amor em uma caixa azul-petróleo que ganhou da mãe. Não são cartas que ela recebeu de alguém, mas que ela mesma escreveu. Uma para cada garoto que amou — cinco ao todo. São cartas sinceras, sem joguinhos nem fingimentos, repletas de coisas que Lara Jean não diria a ninguém, confissões de seus sentimentos mais profundos. Até que um dia essas cartas secretas são misteriosamente enviadas aos destinatários, e de uma hora para outra a vida amorosa de Lara Jean sai do papel e se transforma em algo que ela não pode mais controlar.
Esse livro é lindo! Aquele tipo de romance adolescente de tirar o fôlego. Não vou comentar muito sobre esse em especial porque ele está muito em alta há um tempo e não quero estragar a experiência com spoilers (ainda mais porque os outros são clássicos, esse é contemporâneo e quem não viu pode ter conseguido se esquivar dos spoilers!). Faço questão de saber o que acharam desse livro!

5. O menino do pijama listrado – John Boyne
Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.
O menino do pijama listrado não fala do amor romântico, mas da amizade inocente entre duas crianças e o fim trágico que a guerra traz aos inocentes. Filmes e livros sobre o holocausto sempre trazem à tona a parte mais humana de nós, aquela que não acredita que possamos infligir tanto sofrimento a outras pessoas. Isso pode ser visto como um aviso: será que outros povos também não sofrem pela forma que vivemos, nos alimentamos, festejamos, etc?


Esses livros foram best-sellers e muito influentes no gênero romântico. Cada um com sua própria temática central conseguiu juntar uma legião de fãs que acreditam no lado bom da humanidade e buscam histórias inspiradoras para si e para quem amam!


Qual é a sua indicação para o verão?