Mais uma história sobre a PoloPrinter que ao recordar, nos enche de emoção, porque esta lembrança remete a uma intensa relação com a USP nos primórdios da nossa atuação como empresa, lá nos idos do fim dos anos 90. Então, mais especificamente e sendo exato, a história que vamos contar aconteceu dentro do Campus do Butantã.

Por onde começar a contar este caso… porque teve uma primeira ideia, ou melhor, um sentimento que guiou as ações iniciais e a continuidade dessas ações. Assim, derrubando as barreiras para criar os laços afetivos, vou chegar ao início quando tudo começou.

Inicialmente, foi um sentimento de gratidão por tudo o que recebíamos do pessoal da USP, com os quais interagíamos para fazer trabalhos editoriais e gráficos para publicações impressas em papel, como revistas científicas, livros. Éramos tão bem tratados e sempre requisitados, que algo tínhamos que retribuir pelas dádivas recebidas.

Acredite, por melhores intenções que você tenha, você tem também que contar com recursos para concretizar tuas aspirações, e no início, isso foi importante. Isso porque, para realizar o projeto, era necessário contar com a ajuda de colaboradores que fossem capazes de colocar as ideias em prática.

Entre nossos muitos colaboradores, tínhamos um fotógrafo e uma designer que circulavam constantemente ao nosso redor, acompanhando de perto os nossos passos. Por isso que eles de pronto aceitaram se envolver neste projeto de agradecimento à excelente recepção da USP para com a PoloPrinter. No imenso Campus da USP, no Butantã, por onde nós passássemos, nós éramos muito bem recebidos.

 O primeiro envolvido foi o fotógrafo, pois o projeto, na sua essência, era visual, era para mostrar, mas por que mostrar? Porque beleza foi a motivação, a beleza do Campus da USP no Butantã. Incluímos depois outras unidades fora do Campus e saímos para homenagear o prédio da Faculdade de Medicina e o da Saúde Pública, na Avenida Dr. Arnaldo e outras unidades.

O fotógrafo, a fotografia, fotografar e o objeto a ser fotografado… um momento, veja que aqui estamos já com um profissional a postos para começar a executar o projeto. Só depois percebi isto, uma etapa foi desconsiderada, que foi a autorização da USP para ser fotografada.

O entusiasmo encobriu esta falha, porque nós estávamos lá no Campus o tempo todo, já era familiar estar lá, nunca precisamos de permissão para circular por ali…  Demos início ao projeto, agendando com o fotógrafo as nossas visitas ao Campus, para registrar as belezas em forma de prédios, porque havia também a beleza em forma de árvores, campos cobertos de grama, muita área verde e havia a dança das pessoas que circulavam por este espaço maravilhoso.

Fomos várias vezes fotografar no Campus, buscando registrar cada vez o máximo de prédios possível, mas é um espaço gigantesco, isso seria impossível, em um dia só seria impossível. Para quem não sabe, o Campus da USP do Butantã é tão grande que é administrado de forma organizada por uma Prefeitura, e tem duas ou três linhas de ônibus para atender à população de estudantes, funcionários, professores e outros que circulam diariamente pelo Campus.

Agora nós estávamos indo a passeio. Literalmente a passeio. Porque antes, no exercício da profissão de editor, passávamos por aqui e íamos por ali no caminho para se chegar ao cliente que era mais para frente. Agora estávamos lá para continuar admirando e fotografar a beleza dos prédios e de todo aquele verde.

Esta é a imagem do Campus da USP retirada de uma ilustração daquela época dos fins de 1990. Pouco mudou em termos de estrutura das unidades de ensino. Foram construídas novas unidades, mas as antigas continuam com a mesma aparência.

Gastamos muitos rolos de filme, porque cada prédio poderia ser visto de frente ou de outro ângulo, ou pegar uma posição mais afastada para visualizar o prédio todo. Tínhamos a incidência da luz, é que uns ficavam melhor de manhã e outros mais vistosos de tarde.

Muitas viagens para o Campus para se chegar a cobrir todos os edifícios e todos os monumentos. Todos os dias foram de Sol e calor. Todas as fotos foram tiradas e reveladas. Todo o resultado estava perfeito e nossa satisfação agora era maior, já que a USP estava concentrada em nossas mãos.

Acabou o trabalho da fotografia, entra em ação a designer. Reunião para mostrar as belezas nunca reunidas em um conjunto de fotos. Pelo menos, é o que nosso entusiasmo autorizava a crer que tínhamos em mãos obras de arte para mostrar para os outros daqui mesmo do Brasil e até do outro lado do mundo.

A designer ajudou a escolher as imagens com os melhores ângulos, com a melhor iluminação e a fazer com que a foto de um prédio estivesse em posição diferente de outros prédios. Tudo isso para explorar identidades, que poderiam estar sendo mostradas nos detalhes. Ela também fez seu trabalho pessoal para transformar uma simples imagem fotográfica em uma apresentação com identidade, com nosso toque especial, e através da escolha de elementos gráficos, como as letras do símbolo da USP, que não poderiam ser iguais ao seu símbolo oficial, mas teria mesmo assim que destacar a sua identidade.

Em uma semana, recebemos as artes. Estávamos admirando o trabalho até este presente momento. Nós estávamos esfuziantes, orgulhosos com o resultado. Restava agora a impressão. Lembro-me bem que selecionamos 12 imagens diferentes, seriam 12 postais.

O detalhe final foi transformar cada cartão em um postal. De um lado, tínhamos a imagem colorida de um edifício, e do outro, desenhamos no verso o endereçamento, com área para escrever dedicatória e colocar o selo; no final, um verdadeiro cartão postal.

Passo seguinte: a impressão em máquina Offset. Conseguimos fazer uma montagem na meia folha 48×66 cm em papel Supremo 250 g com 4×3 postais, para aproveitar ao máximo o formato da máquina de impressão 4 cores. Resultado: 12 postais diferentes por 1.000 impressões, tínhamos em mãos 12.000 postais para o projeto Postais da USP.

Acima, mostramos a coleção original dos postais que criamos e produzimos, em 1999, para homenagear a Universidade de São Paulo. Todos produzidos de uma forma filantrópica: palavra de origem grega que derivada de “filos”, que significa afeição e amor, e “antropo”, que se refere a homem, humanidade. A USP desperta esse significado para nós.

Os postais foram colocados em envelope totalmente branco e sem identificação da Polo, para que pudessem ser endereçados conforme conveniência de cada um. Em cada envelope, colocamos 3 postais mais uma carta da PoloPrinter agradecendo a acolhida da empresa durante todos estes anos de convivência PoloPrinter e USP.

Acima um cartão-postal feito por nós por encomenda do “Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP” encomenda diretamente relacionada a esta nossa iniciativa de homenagear a USP nossa grande parceira através dos anos. Ao lado o verso do cartão-postal para endereçamento e dedicatória para quem irá receber este postal.

Os postais foram distribuídos para professores, diretores, vice-reitores e para o reitor da USP, para todos os Secretários do Estado de São Paulo, e para o Governador da época, que tinha estudado na Politécnica da USP. Recebemos muitas cartas de agradecimento, inclusive do Governador e do Reitor.
Ganhamos muitos elogios, ganhamos novos amigos, fomos chamados para reuniões, para fazer novos trabalhos. Assim, gravamos a marca da gratidão em todos esses que ao receberem os postais, ficaram felizes e admirados com a beleza do Campus da USP.

 

Créditos: muito importante mencionar que o fotógrafo, nosso fotógrafo é o Moises Nascimento, que já realizou inúmeros trabalhos fotográficos para a editora, cobrindo eventos, lançamentos, fotografando o acervo de livros da Polo, até o meu casamento ele fotografou. Moises até hoje se destaca como excelente fotógrafo. Deixo aqui o contato dele: 11 95764-2364 e https://www.instagram.com/moisescn/

Tão importante assim foi a Designer Mônica Bucanelli, que fez um excelente trabalho gráfico, que como expliquei interveio no significado do projeto, colocou a sua arte para a escolha das melhores imagens, dos ângulos mais representativos, com a melhor iluminação, para que as postais fossem mesmo um retrato de toda essa beleza do Campus Butantã. A Mônica se mudou para os EUA e faz anos que perdi contato. Mesmo assim, minha homenagem e meu agradecimento a ela e ao Moises que sem eles estas postais não seria as mesmas.