Não gosto do termo “velho” para referir-me ou descrever uma pessoa com idade acima de 65 anos, porque a palavra “velho” remete a algo desgastado, sem valor, improdutivo ou que pode ser descartado. Gosto do termo “idoso”, que remete a longa idade e sabedoria.

Por isso, eu já tomei minha decisão, nunca ficarei velha! Porém, e se Deus permitir, serei por muito tempo uma idosa.

Na verdade, associar a “alta idade” apenas à velhice é ter uma visão rasa da força e aprendizado que são adquiridos com o passar do tempo.

Se você é daquelas pessoas que acham que a vida produtiva, divertida, criativa e feliz acaba com os 65 anos, provavelmente você precisa conhecer homens como Zygmunt Bauman (1925 – 2017) com a realidade da sociologia, Ariano Suassuna (1927 – 2014) com a beleza da cultura popular, ou mulheres como Cornélia Arnolda Johana Ten Boom (mais conhecida como Corie Ten Boom) (1892 – 1983) com a força da fé.

Aí você pode até perguntar-me: o que essas pessoas têm em comum que as tornam diferentes e por isso capazes de mudar minha opinião?

Vou te contar um segredo, essas pessoas nunca envelheceram. Elas eram idosas, sim, pois o mais jovem faleceu com 87 anos, porém elas morreram fazendo o que acreditavam e gostavam de fazer, seus corpos já não eram jovens, mas suas mentes ainda tinham muito para nos dizer, então eles diziam.

Assim o fizeram e até, praticamente, seu último minuto de vida presentearam a humanidade com grandes obras, palestras e entrevistas.

Então, por favor, nunca desista de você pelo fato de ter mais de 65 anos ou qualquer outra idade, não envelheça com o passar dos anos.

Quero findar esse artigo com uma frase de Ariano Suassuna que diz o seguinte:

“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.”