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O que você descobriu sobre você hoje?

Postado por Rose Bravo | Consciência de Si

O que você descobriu sobre você hoje?

O autoconhecimento não é algo novo, embora esteja na moda há algum tempo. É um dos pilares da inteligência emocional, uma habilidade valorizada pelas empresas, e constantemente discutido por professores, psicólogos e coaches de diferentes áreas. Eu, como professora desse tema, abordo-o com frequência. Curiosamente, até o rei Davi, em seus salmos, falava sobre a sinceridade do coração como condição essencial para entrar no reino dos céus, o que mostra que o assunto é antigo.

Na teoria, o autoconhecimento consiste em reconhecer seus pontos fortes e fracos, identificar sentimentos e emoções, além de entender seus objetivos, metas e propósitos de vida. Na prática, no entanto, é muito mais complicado. Se conhecer dói. Descobrir que o que faz você gostar ou não de algo, muitas vezes, não está relacionado à cor, sabor ou aparência, mas a emoções e memórias, pode ser algo difícil de encarar.

Talvez até aqui ainda não esteja claro do que estou falando, então vou exemplificar com perguntas que sempre faço aos meus alunos de 12 anos, quando inicio o tema. Você sabe qual é sua cor favorita? Ou sua comida favorita? E aquela que você menos gosta? São perguntas fáceis de responder. Mas o segredo do autoconhecimento não está nelas, e sim nas próximas: Por que essa é a sua cor favorita? Ou sua comida favorita? Por que você não gosta de determinada comida?

Para descobrir essas respostas, você precisa voltar no tempo, na primeira vez em que percebeu que algo lhe agradava ou não. Por exemplo, eu sempre gostei de azul. O que eu não sabia é que essa preferência surgiu quando eu tinha seis anos e ganhei um lindo vestido azul da minha mãe, que me fazia sentir uma princesinha. Sempre que eu o vestia, era elogiada e me sentia linda e admirada. Sem perceber, associei a cor azul à necessidade de me sentir bonita e apreciada. Desde então, passei a comprar roupas e acessórios dessa cor, porque me traziam de volta essa boa sensação.

A relação com a comida não é diferente. Eu não gostava de berinjela, achava sua aparência estranha. Com o tempo, percebi que minha aversão só aumentava porque ela era a culpada pelo meu constrangimento à mesa. Sempre que recusava o prato, era comparada a outras crianças ou tinha que ouvir sermões sobre a fome no mundo e os nutrientes da tal berinjela. Ao crescer, descobri que a berinjela é gostosa, mas demorei a admitir isso. Toda vez que ela estava na mesa, o gosto amargo do constrangimento me vinha à mente, e eu associava isso a ela. Evitar a berinjela significava evitar o desconforto.

Agora, você pode estar se perguntando: “Como isso ajuda no meu autoconhecimento ou na minha vida?” Pois bem, quando você identifica a emoção por trás de suas escolhas, você se liberta. Seu cérebro passa a entender que a cor, a comida, a pessoa ou a situação não são os verdadeiros culpados pelas suas emoções, e então você fica livre para direcioná-las da forma que preferir.

Hoje, consigo usar azul ou qualquer outra cor e me sentir admirada e linda, sem ser refém da cor, mesmo que ainda goste dela. Também como berinjela e outros legumes que antes evitava, porque sei que o constrangimento não é mais parte do prato. O mesmo acontece quando perdemos alguém e deixamos de frequentar um lugar que o ente querido apreciava, achando que nos lembrará dele. Na verdade, estamos apenas associando a saudade a algo tangível, mas ela permanece em nosso peito, quer a evitemos ou não. O melhor é abraçar essa emoção quando ela surgir.

Por meio desse exercício simples, descobri a origem de muitos dos meus medos, reservas e dependências em relação a objetos, acessórios e cores. Hoje, sinto-me muito mais leve e livre. Entendo que não é o bolo de chocolate que me faz lembrar da minha avó, ou o colar que ganhei do meu pai que mantém sua memória viva em mim.

Agora, sempre que enfrento novas situações, como expor meus textos ou falar em público, pergunto a mim mesma: “Qual é a emoção por trás disso? Desde quando isso me impede de viver, ser ou aproveitar? De onde vem?”

Isso me torna cada vez mais sincera diante de Deus e de mim mesma. Por acreditar profundamente no desenvolvimento pessoal que o autoconhecimento proporciona, deixo uma pergunta: O que você descobriu sobre você hoje?

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Sobre o autor

Rose Bravo

Rose Bravo

Formada em Administração, com três pós-graduações nas áreas de Ensino Superior, E-Commerce e Gestão de Negócios, Rose construiu sua carreira no setor de Recursos Humanos, onde se destacou até migrar para o campo da educação. Ao longo dos anos, passou a lecionar em cursos técnicos, universidades e escolas, e atualmente exerce o cargo de Professora de Gestão de Pessoas no Instituto J&F. Ali, dedica-se com paixão ao ensino de alunos do 6° ano ao ensino médio, transformando sua vocação em um propósito de vida. Rose é uma educadora por essência, movida pela vontade de aprender e compartilhar o conhecimento com os outros. Casada há 13 anos e mãe de Malu, de 8 anos, ela agora se aventura no mundo literário como escritora. Criativa e imaginativa, muitas de suas histórias permaneceram em sua mente até este momento, quando decidiu trazê-las à luz.

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4 Comentários

  1. Rafael b
    Rafael b no 16 de outubro de 2024 a partir do 09:10

    O texto sobre traz reflexões muito pertinentes. A forma como conecta memórias e emoções às nossas preferências é realmente interessante e nos faz pensar em como isso influencia nossas escolhas. Vale a pena considerar essas questões para entender melhor a nós mesmos, como disse Sócrates “Conhece-te a ti mesmo”.
    Ótima leitura!

    Responder
  2. Davidson
    Davidson no 15 de outubro de 2024 a partir do 15:02

    Texto me fez lembrar de uma palestra que tive na empresa onde trabalhava, lá falava sobre vieses inconscientes e como eles nos limitam em algumas situações.
    O texto da Rose nos mostra o quanto precisamos de autoconhecimento não só pra sabermos o porque de gostarmos de azul e berinjela mas vai muito mais além.

    Responder
  3. Saulo Oliveira
    Saulo Oliveira no 13 de outubro de 2024 a partir do 15:17

    Extremamente interessante o artigo. Como diz o pessoal, o tema é de “explodir a mente”…parar para pensar sobre autoconhecimento e utilizá-lo para superar nossas dificuldades. Muito bem colocado e didático o texto feito pela autora, bem como as analogias utilizadas. Parabéns!

    Responder
  4. Francisco Sobrinho
    Francisco Sobrinho no 13 de outubro de 2024 a partir do 00:48

    O texto oferece uma leitura envolvente e satisfatória, combinando clareza e profundidade ao abordar o autoconhecimento. A autora utiliza exemplos pessoais e acessíveis para ilustrar como nossas preferências e aversões estão ligadas às emoções e memórias, tornando o conteúdo prático e fácil de se relacionar. Além disso, ao conectar o tema com o crescimento espiritual e a busca por melhorias, o texto fornece uma reflexão enriquecedora. É uma leitura que, além de informativa, inspira o leitor a se questionar e a iniciar sua própria jornada de autoconhecimento. Grato pela reflexão.

    Responder

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