Na calada da noite, quando a cidade se aquieta e os sonhos se misturam ao luar, há histórias que se desenrolam nas memórias dos que amaram. A vida, essa tecelã imprevisível, muitas vezes separa os amantes, mas o amor verdadeiro, ah, esse não se apaga. Ele resiste, vive em sugestões, em lembranças, como um perfume que se impregna na pele.
João e Clara se conheceram em uma primavera de risos e promessas. O cheiro das flores misturava-se à esperança e ao de um amor jovem, sem amarrações. As tardes foram preenchidas por longas caminhadas no parque, onde cada olhar trocado era uma declaração silenciosa de amor. Mas o destino, sempre brincalhão, tinha outros planos. Uma proposta de trabalho a levou para longe, e João ficou com o coração partido, mas com a certeza de que jamais a esqueceria.
Nos anos que se passaram, e mesmo separados pelos oceanos, ambos nunca deixaram de se amar. Enviavam cartas, mensagens, pequenos detalhes do cotidiano que alimentavam a chama que, embora distante, não se apagava. O tempo, para eles, era um aliado inusitado; cada saudade era um combustível para que a paixão se mantivesse viva.
Clara encontrou outros amores, construiu uma vida nova, mas sempre que olhava para o céu estrelado, lembrava-se de João. Ele, por sua vez, viveu romances, risos e lágrimas, mas em cada rosto que amou, havia um traço de Clara.
Certa noite, anos depois, Clara decidiu voltar à cidade. O coração palpitava, e as lembranças a envolviam como um abraço nostálgico. Ela caminhou pelo parque, o mesmo onde tudo começou. As flores, agora mais maduras, simplesmente sussurravam segredos do passado. E ali, sob a luz da lua, estava João, esperando-a.
O reencontro foi silencioso, como se o tempo não tivesse passado. Os olhares se cruzaram e, por um instante, o mundo ao redor se tornou distante. Naquele momento, todas as palavras não ditas e os anos passados se dissiparam num forte abraço.
Porém, sabiam que a vida não pararia. Clara tinha compromissos em sua nova cidade, e João, o seu mundo. Mas, naquele momento, o que importava era a certeza de que o amor que compartilhavam era eterno. Em cada despedida, havia uma promessa silenciosa: sempre se amariam, mesmo que separados pelas realidades da vida.
Ao amanhecer, Clara partiu, levando consigo um pedaço do coração de João, e ele, por sua vez, guardou a essência dela como um tesouro. O tempo continuaria a passar, novas experiências surgiriam, mas a conexão entre eles, aquela chama indomável, permaneceria. O amor é um mistério que se revela de diferentes formas, e mesmo quando as vidas se afastam, persiste.
Mesmo com a vida seguindo seu curso, João e Clara viveriam sabendo que, em algum lugar do coração um do outro, a chama do amor permaneceria acesa, iluminando os caminhos que escolhessem. Afinal, amar também é saber que, embora possamos perder, sempre haverá um fio invisível que unirá os pensamentos dos amantes em uma noite de luar, diante de quaisquer circunstâncias que os remetam ao passado.
Crônica maravilhosíssima! Parabéns tia Lourdes, feliz pelo seu sucesso!❤️
Eu gostei muito da crônica e é uma belíssima história. Parabéns tia Lourdes.
Texto maravilhoso e muito bem escrito! Queremos mais crônicas desta autora!!!
Gostei muito da leitura. A capacidade da autora expressar em palavras diversos sentimentos, é muito confortante.
Uma crônica linda que possibilita a reflexão sobre o rumo da vida e mostra que nem sempre as coisas saem como planejamos ou desejamos.
Sou fã dos textos de Lourdes que faz todos os leitores pensarem sobre vida e o seu legado perante a sua história.
Gostei muito da crônica, a escrita da autora é cativante e traz um brilho a mais para a história. Fico honrada por conhecer essa escritora e desejo sucesso!!!
Estou muito orgulhosa da senhora tia Lourdes!!!
Adorei a crônica! Envolvente, cativante e principalmente, emocionante. Mas considerando a escritora, não poderia ser diferente.
Fiquei apaixonado pela linda crônica, sou muito grato pro conhecer essa autora pessoalmente e vê o sonho dela se realizando e ela mostrando o que realmente gosta de fazer. Parabéns tia Lourdes , sabia que eu sou o seu maior fã.
Que crônica linda!! A história, além de ser muito cativante, nos faz pensar sobre diversos quesitos do amor.
Nesta crônica a autora traz uma reflexão interessante sobre os vínculos emocionais que se estabelecem em contextos difíceis. Quanto falamos em amores eternos em vidas perdidas, podemos pensar em relações que apesar dos desencontros, o amor permanece gravado na alma, marcado pela intensidade emocional. Eles ensinam sobre a impermanência da vida e sobre a complexidade dos sentimentos humanos
Fiquei surpreso com a pronta resposta da Maria de Lourdes a um simples comentário de um filme que vi na TV, apenas contei a história e ela em pouco mais de uma hora já tinha escrito a crônica que vocês leram aqui. Quem gosta de escrever é assim, nem espera passar o tempo, logo vai escrevendo, com o texto brotando de dentro de si direto os leitores lerem.