Esta crônica revela, por trás de um gesto simples, a delicada arquitetura emocional que sustenta o amor. Uma visita inesperada da filha Luíza causa uma mudança simples. João, homem de hábitos firmes e vida interior cuidadosamente construída, guarda no escritório seu último reduto íntimo: ali estão sua disciplina, seus rituais, sua história silenciosa. Ceder esse espaço, mesmo por um dia, não é trivial — é permitir que outro entre no lugar mais sensível de sua vida.









